segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Da página "O Pouco que Sinto" - https://www.facebook.com/opoucoquesinto

Em algum momento você vai entender que nada é plano e uniforme quando se vive.
Há expectativas e projeções que muitas vezes não condizem com a realidade.

Isso não precisa ser entendido como o fim. 
Você vai errar de vez em quando. 
Em algum momento a dor vai ser latente e a sensação de insuficiência e incapacidade pode se fazer presente.
O que você é não te traz conforto.
O que você tem não condiz com o que você idealiza.
No final, você arde por querer seguir, mas também não sabe aonde quer chegar.
E tudo acaba se tornando uma busca desenfreada por alcançar uma utopia que não lhe traz garantia de nada. Por quê?

Eu tenho sido injusta comigo.
Tenho a oportunidade de vivenciar momentos incríveis, mas a minha insegurança e o meu medo constantes me dominam. 

Eu sinto minhas pernas trêmulas, meu corpo inquieto e a sensação de que tudo vai sair do lugar.
De alguma forma eu vou me anulando aos poucos no momento em que me inferiorizo em relação ao outro e acredito piamente que não, eu não vou conseguir ser feliz.
Eu busco ser a melhor, não me permito falhar e não consigo relaxar em momento algum.
Eu cresci moldando o meu corpo para estar sempre pronto para o pior, mas o pior tem sido esperar a todo instante o que nem sempre vem.
Eu busquei a perfeição olhando para fora e nunca lidei com o que de melhor há aqui dentro.
Eu transformei amor em dor, por achar que não merecia nada diferente disso.
E estou cansada.

Agora me pergunto o que eu tanto idealizo com relação a mim, aonde eu quero chegar e quem eu sou?
Aos poucos vou olhando para o meu corpo, encarando os espaços que ele ocupa e aprendendo a me respeitar.
Não quero ser injusta.
Não quero mais a sensação de nunca ser o suficiente quando, na verdade, eu tenho sido o meu melhor.
Quero poder me abraçar, aproveitar as relações que vivencio em sua totalidade e entender o quão humano é não ser perfeita.
Em algum momento eu quero enxergar e amar aquilo que eu sou.
No meu tempo.
Com calma.
Sem pressa.
Vou seguindo esse processo.

O importante é que agora a minha meta é me permitir viver.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Texto de Victor Fernandes

A imagem pode conter: texto


Por muito tempo fui defensor daquela ideia de que as pessoas só dão valor quando perdem. Mas, hoje, ao observar muitas histórias, percebo que, em 90% dos casos, as pessoas sabem, sim, o valor daquilo que têm nas mãos, sabem a sorte que possuem, sabem o quanto aquela outra pessoa é importante, o quanto ela faz bem. A verdade é que as pessoas se acomodam, relaxam, ou simplesmente acham que as outras vão ficar pra sempre, vão esperar, vão aguentar tudo. Confiam demais que o amor aguenta qualquer coisa, mas não é assim que a banda toca. Amor não aguenta desprezo, descaso, ferimentos ao amor próprio. Relações não sobrevivem à ausência de reciprocidade, ao desinteresse, à falta de esforço. E isso não quer dizer que a pessoa não tenha noção do seu valor. Ela sabe. Ela só não quer mais, não gosta mais, não se interessa mais. •


Quem te perdeu talvez não admita, mas sabe, sim, o seu valor e a falta que você faz. Sabe o quanto você gostou, o quanto você quis, o quanto você se esforçou. A gente sempre fica achando que é falta de percepção alheia, mas raramente é. No dia a dia a gente vai percebendo os sentimentos, as vontades, os desejos. Não é possível que as pessoas convivam tanto e não percebam que ali tem uma infinidade de valores incríveis. Não caio nessa mais. Simplesmente, não caio. Elas sabem a sorte que morava na vida delas. 🌻💙