Em algum momento você vai entender que nada é plano e uniforme quando se vive.
Há expectativas e projeções que muitas vezes não condizem com a realidade.
Isso não precisa ser entendido como o fim.
Você vai errar de vez em quando.
Em algum momento a dor vai ser latente e a sensação de insuficiência e incapacidade pode se fazer presente.
O que você é não te traz conforto.
O que você tem não condiz com o que você idealiza.
No final, você arde por querer seguir, mas também não sabe aonde quer chegar.
E tudo acaba se tornando uma busca desenfreada por alcançar uma utopia que não lhe traz garantia de nada. Por quê?
Eu tenho sido injusta comigo.
Tenho a oportunidade de vivenciar momentos incríveis, mas a minha insegurança e o meu medo constantes me dominam.
Eu sinto minhas pernas trêmulas, meu corpo inquieto e a sensação de que tudo vai sair do lugar.
De alguma forma eu vou me anulando aos poucos no momento em que me inferiorizo em relação ao outro e acredito piamente que não, eu não vou conseguir ser feliz.
Eu busco ser a melhor, não me permito falhar e não consigo relaxar em momento algum.
Eu cresci moldando o meu corpo para estar sempre pronto para o pior, mas o pior tem sido esperar a todo instante o que nem sempre vem.
Eu busquei a perfeição olhando para fora e nunca lidei com o que de melhor há aqui dentro.
Eu transformei amor em dor, por achar que não merecia nada diferente disso.
E estou cansada.
Agora me pergunto o que eu tanto idealizo com relação a mim, aonde eu quero chegar e quem eu sou?
Aos poucos vou olhando para o meu corpo, encarando os espaços que ele ocupa e aprendendo a me respeitar.
Não quero ser injusta.
Não quero mais a sensação de nunca ser o suficiente quando, na verdade, eu tenho sido o meu melhor.
Quero poder me abraçar, aproveitar as relações que vivencio em sua totalidade e entender o quão humano é não ser perfeita.
Em algum momento eu quero enxergar e amar aquilo que eu sou.
No meu tempo.
Com calma.
Sem pressa.
Vou seguindo esse processo.
O importante é que agora a minha meta é me permitir viver.
Aqui você irá encontrar poemas, textos, trechos de livros, frases, e tudo aquilo que te toca a alma e o coração. Sejam super bem vindos!
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
Texto de Victor Fernandes
Por muito tempo fui defensor daquela ideia de que as pessoas só dão valor quando perdem. Mas, hoje, ao observar muitas histórias, percebo que, em 90% dos casos, as pessoas sabem, sim, o valor daquilo que têm nas mãos, sabem a sorte que possuem, sabem o quanto aquela outra pessoa é importante, o quanto ela faz bem. A verdade é que as pessoas se acomodam, relaxam, ou simplesmente acham que as outras vão ficar pra sempre, vão esperar, vão aguentar tudo. Confiam demais que o amor aguenta qualquer coisa, mas não é assim que a banda toca. Amor não aguenta desprezo, descaso, ferimentos ao amor próprio. Relações não sobrevivem à ausência de reciprocidade, ao desinteresse, à falta de esforço. E isso não quer dizer que a pessoa não tenha noção do seu valor. Ela sabe. Ela só não quer mais, não gosta mais, não se interessa mais. •
Quem te perdeu talvez não admita, mas sabe, sim, o seu valor e a falta que você faz. Sabe o quanto você gostou, o quanto você quis, o quanto você se esforçou. A gente sempre fica achando que é falta de percepção alheia, mas raramente é. No dia a dia a gente vai percebendo os sentimentos, as vontades, os desejos. Não é possível que as pessoas convivam tanto e não percebam que ali tem uma infinidade de valores incríveis. Não caio nessa mais. Simplesmente, não caio. Elas sabem a sorte que morava na vida delas. 🌻💙
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