quarta-feira, 20 de julho de 2016

AMIGOS VERDADEIROS SÃO PARA SEMPRE

Em homenagem ao DIA DO AMIGO, hoje postarei esse texto que achei muito bom e que diz bem o que é uma amizade verdadeira e para a vida toda.
FELIZ DIA DO AMIGO!
Aproveite o dia ao lado do seu ou dos seus amigos amados e seja feliz!


Os amigos quando são verdadeiros são amigos para sempre. Pois ainda que existam dificuldades, impedimentos, distâncias ou discussões, a amizade tudo supera. 

Não há obstáculo que consiga impedir uma amizade verdadeira, e mesmo que os amigos não se vejam ou falem durante anos, o sentimento está lá no coração de cada um.

E apesar dessas circunstâncias, mesmo afastados, se algum precisar de apoio, de conforto ou um simples ombro onde chorar, o outro não hesitará em demonstrar sua amizade.

Pois assim é a amizade verdadeira, sempre eterna e poderosa. Um sentimento bom que torna nossas vidas mais fáceis e alegres, e o mundo um lugar mais belo.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

UMA GOTA DE ÁGUA, por Madre Teresa de Calcutá




Você já parou, alguma vez, para observar uma gota d`água?
Sim, uma pequena gota d`água se equilibrando na ponta de um frágil raminho...
Com graciosidade a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor.
São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai.
É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo.
Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis.
Um dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d`água no oceano.
E aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: “sim, meu filho, mas sem essa gota d`água o oceano seria menor.”
Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda.
Pois sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...
Um aperto de mão, em meio à correria do dia-a-dia...
Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia nas malhas do desespero...
Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo.
Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida.
Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira.
O silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência...
A tolerância com quem perdeu o equilíbrio.
Um olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode-se dizer que tudo isso são apenas gotas d`água que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe.
Sem as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido.
Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma...
Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto...
Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável...
Todas essas são atitudes que embelezam a vida.
E, se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d`água no oceano, responda, como madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de amor seria menor.
E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas.
Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor.
Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor.
Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor.
E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício.
Lembre-se da minúscula gota d`água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar.
E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d`água que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha.

terça-feira, 12 de julho de 2016

CONSERTO PARA UMA ALMA SÓ, de Luiz Gasparetto

Não lute mais
Descanse
Não dê força para seus inimigos
Vença-os com o perdão
Não cultive a impaciência
Vença a com a segurança
Não delapide a paz dos outros
Coopere com o silêncio
Não se afaste do seu coração
Una-se a si mesmo
Não dê trelas aos problemas
Vença-os com a luz interior
Não coopere com as críticas
Supere-as com seu desprezo
Não se deixe vitimar
Assuma sua liberdade de escolha
O bem é saber
que o único meio de vencer
É usar a inteligência
com compaixão
Por isso não lute mais
Descanse


segunda-feira, 11 de julho de 2016

O HOMEM QUE SÓ TINHA CERTEZAS, de Adriana Falcão

Nem o homem feliz de Maiakovsky nem o homem liberto de Paulo Mendes Campos, resolvi imaginar outra improbabilidade. Digamos que aparecesse agora, justo aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, mais exatamente, bem aí na sua frente, um homem que só tivesse certezas.

O homem que só tinha certezas quase nunca usava ponto de interrogação, e em seu vocabulário não constavam as expressões: talvez, quiçá, quem sabe, porventura.

Parece que foi de nascença. Ele já teria vindo ao mundo assim, com todas as certezas junto, pulou a fase dos por quês e nunca soube o que era curiosidade na vida. Na escola, era uma sensação. Mas não ligava muito pra isso não. E cresceu achando muito natural viver derramando afirmações pela boca. Tinha resposta pra tudo, o homem que só tinha certezas, mas o maior orgulho do homem eram as certezas mais duvidosas que ele tinha. A certeza de que o mais fraco ia vencer, de que as coisas iam melhorar, de que o desenganado ainda teria muitos anos pela frente.

A notícia espalhou-se rapidamente. Como ele vivia no meio de pessoas, e pessoas vivem cheias de dúvidas, logo começaram a pedir sua opinião para os mais diversos assuntos, os triviais e os de grande importância, e ele, certo de que podia viver muito bem de suas certezas, virou um consultor. Pendurou em sua porta uma placa onde estava escrito "Consultor de tudo" e o negócio foi crescendo aos pouquinhos. Devido ao boca-a-boca favorável de clientes e a um único anúncio no rádio, passou a atender, sem nenhum exagero, milhares de pessoas por dia, até que limitou o número de consultas diárias para quatrocentos e oitenta, um minuto e meio por pessoa, o que era mais do que suficiente para uma resposta certa desde que a pergunta não fosse muito longa.

Chegava gente do país inteiro e depois de outros continentes, pessoas comuns, pessoas ilustres, todas elas indecisas, mas cada pessoa só tinha direito a uma pergunta por consulta, o que as deixava mais indecisas ainda. Certa vez uma moça chegou na dúvida se devia perguntar primeiro sobre o amor ou o trabalho, no que o homem respondeu, sobre o amor, é claro, senão você não vai conseguir trabalhar direito, e deu por encerrada a consulta. O homem que só tinha certezas aconselhou um garoto tímido a tomar quatro cervejas, encorajou um político receoso a aprovar um projeto esquisitíssimo que se destinava a melhorar a vida dos homens, avisou a uma senhora preocupada com os anos que no caso dela nada melhor do que beijos na boca, desentorpeceu um rapaz doente de amor por uma mulher que gostava de outro, convenceu o ministro da fazenda de que ou o dinheiro era pouco, ou eram muitos os homens, ou ele estava louco, ou alguém tinha se enganado nas contas.

Não demorou muito para se tornar capa de todas as revistas e personagem assíduo dos programas de TV. Para cada pergunta havia uma só resposta certa e era essa que ele dava, invariavelmente, exterminando aos pouquinhos todas as dúvidas que existiam, até que só restou uma dúvida no mundo: será que ele não vai errar nunca? Mas ele nunca errava, e já nem havia mais o que errar, uma vez que não havia mais dúvidas.

Num mundo que só tinha certezas, o homem que só tinha certezas virou apenas mais um homem no mundo. Melhor assim, ele pensava, ou melhor, tinha certeza.

Um dia aconteceu um imprevisto, e o homem que só tinha certezas, quem diria, acordou apaixonado. Para se assegurar de que aquela era a mulher certa para ele, formulou cento e vinte perguntas, que ela respondeu sem vacilar, mandou fazer mapas do céu, exames de sangue, contagem de triglicerídeos, planilhas complicadíssimas e finalmente apresentou a moça à sua mãe e ao seu cachorro. Os dois se amaram noites adentro, foram a Barcelona, tiraram fotos juntos, compraram álbuns, porta-retratos, garfos, facas, um escorredor de pratos, tiveram filhos e tal, e, desde então, por alguma razão desconhecida, o homem que só tinha certezas foi perdendo todas elas, uma por uma. No início ainda tentou disfarçar, por via das dúvidas, quem sabe era um mal passageiro? Mas as dúvidas multiplicavam-se como praga (dúvidas se multiplicam?), espalharam-se pelo mundo, e agora, meu Deus? Deus existe? Existe sim. Ou será que não? Ele não estava bem certo.


O texto acima foi extraído do livro "O doido da garrafa", Editora Planeta do Brasil – São Paulo, 2003, pág. 75.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

ESPERA, de Florbela Espanca


Não me digas adeus, ó sombra amiga,
Abranda mais o ritmo dos teus passos;
Sente o perfume da paixão antiga,
Dos nossos bons e cândidos abraços!


Sou a dona dos místicos cansaços,
A fantástica e estranha rapariga
Que um dia ficou presa nos teus braços...
Não vás ainda embora, ó sombra amiga!


Teu amor fez de mim um lago triste:
Quantas ondas a rir que não lhe ouviste,
Quanta canção de ondinas lá no fundo!


Espera... espera... ó minha sombra amada...
Vê que pra além de mim já não há nada
E nunca mais me encontras neste mundo!...

quinta-feira, 7 de julho de 2016

SEJAMOS ALEGRES, de Clarice Lispector

Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer — e respondo a toda essa infâmia com — exatamente isto que vai agora ficar escrito — e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer. Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas — porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou — apesar de tudo oh apesar de tudo — estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: a alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com brio. 

Clarice Lispector, in 'Água Viva'

terça-feira, 5 de julho de 2016

O PRAZER É ABRIR AS MÃOS, de Clarice Lispector

O prazer é abrir as mãos e deixar escorrer sem avareza o vazio-pleno que se estava encarniçadamente prendendo. E de súbito o sobressalto: ah, abri as mãos e o coração, e não estou perdendo nada! E o susto: acorde, pois há o perigo do coração estar livre! 
Até que se percebe que nesse espraiar-se está o prazer muito perigoso de ser. Mas vem uma segurança estranha: sempre ter-se-á o que gastar. Não ter pois avareza com esse vazio-pleno: gastá-lo. 


Clarice Lispector, in Crónicas no 'Jornal do Brasil (1972)'

sexta-feira, 1 de julho de 2016

RESILIÊNCIA - PARTE II, de Ivânia Backes

Os meses foram passando e eu ficando, a cada dia, com mais vergonha de ser uma alemoa batata. Não conseguia entender as lições do quadro, do livro e tampouco escrever no caderno. Sofria por ser diferente, me sentir a mais pobre e desdentada da sala. Chorava porque não queria mais ir para a escola. Eu sabia o que aconteceria ao final de cada aula. Fugir das crianças machucava minhas pernas e pés, que sangravam. Antes de cada aula terminar, tirava os sapatos para conseguir correr mais rápido.


Em uma visita a nossa casa, a esposa do meu tio, chamada Ana, professora no interior, em uma conversa comigo sobre a escola, percebeu que alguma coisa estava acontecendo. Contei minha sina diária com as letras. Condoeu-se com o que eu estava passando. Alertou meus pais sobre minhas dificuldades de aprendizado. Prontificou-se a nos visitar a cada 15 dias para me ensinar o português. Em seis meses, eu conseguia entender a língua e montar algumas frases, embora ainda com grandes dificuldades, trocando o “t” pelo “d”, “m” por “n”. O alivio chegou quando o ano letivo encerrou. Consegui avançar para a segunda série com o apoio da professora Ana. Ela também me garantiu que tudo mudaria, pois novos colegas entrariam na classe. Ledo engano. 

O bulling continuou na segunda série, no entanto eu já conseguia me defender quando as crianças caçoavam dos meus erros e mostrava a língua. Da metade da aula em diante ficava em pânico.Imaginava que seria surrada. Enfrentei uma briga que envolveu socos, pontapés e puxões de cabelo com uma colega que havia roubado o meu lenço que ganhara da tia Ana. Quando a professora me colocou de castigo por ter brigado, aumentou a dificuldade de brincar, de me relacionar com outras crianças, enfim, de ser eu mesma.

Os problemas que enfrentei na cidade grande eram muitos. Iam além da dificuldade de comunicação e da escola. Meu pai bebia cada dia mais. Ele e minha mãe discutiam todas as noites. Na maioria das vezes as brigas terminavam quando ele começava a bater nela. Da minha cama ouvia tudo. Cobria a cabeça com a coberta, rezando para que um vizinho chamasse a policia. Isto nunca aconteceu. 

Na minha casa, nem de tios, avós ou de outros familiares havia alegria. Eu achava isto muito estranho porque nas poucas casas que eu tinha permissão de visitar aos sábados após terminar as tarefas de casa os risos eram contagiantes. Ao contrário da nossa família em que todos pareciam continuamente zangados.
A tia Ana continuava enviando para mim, livros, exercícios e jogos. Receber os mimos era minha única fonte de alegria.

Algumas pessoas cruzam nossa vida e saem sem deixar sinais de sua passagem, porém há pessoas que nos marcam para sempre. Ana foi a pessoa que me marcou intensamente fazendo a diferença na minha trajetória. Pena ter perdido o contato com ela quando o casal se separou. Gostaria que ela soubesse o quanto foi importante para mim e o quanto sou grata.

O segundo ano morando na cidade grande demorou a passar. Então meu pai decidiu que mudaríamos para outro bairro de Novo Hamburgo. Implorei a ele para voltarmos para o interior. Ele riu da minha sugestão.

Precisar mudar novamente me deixou assustada. E, se este novo lugar for pior? E se nesta escola eu não conseguir fugir dos colegas? Ai, meu Deus!

RESILIÊNCIA - PARTE II, de Ivânia Backes

Os meses foram passando e eu ficando, a cada dia, com mais vergonha de ser uma alemoa batata. Não conseguia entender as lições do quadro, do livro e tampouco escrever no caderno. Sofria por ser diferente, me sentir a mais pobre e desdentada da sala. Chorava porque não queria mais ir para a escola. Eu sabia o que aconteceria ao final de cada aula. Fugir das crianças machucava minhas pernas e pés, que sangravam. Antes de cada aula terminar, tirava os sapatos para conseguir correr mais rápido.


Em uma visita a nossa casa, a esposa do meu tio, chamada Ana, professora no interior, em uma conversa comigo sobre a escola, percebeu que alguma coisa estava acontecendo. Contei minha sina diária com as letras. Condoeu-se com o que eu estava passando. Alertou meus pais sobre minhas dificuldades de aprendizado. Prontificou-se a nos visitar a cada 15 dias para me ensinar o português. Em seis meses, eu conseguia entender a língua e montar algumas frases, embora ainda com grandes dificuldades, trocando o “t” pelo “d”, “m” por “n”. O alivio chegou quando o ano letivo encerrou. Consegui avançar para a segunda série com o apoio da professora Ana. Ela também me garantiu que tudo mudaria, pois novos colegas entrariam na classe. Ledo engano. 

O bulling continuou na segunda série, no entanto eu já conseguia me defender quando as crianças caçoavam dos meus erros e mostrava a língua. Da metade da aula em diante ficava em pânico.Imaginava que seria surrada. Enfrentei uma briga que envolveu socos, pontapés e puxões de cabelo com uma colega que havia roubado o meu lenço que ganhara da tia Ana. Quando a professora me colocou de castigo por ter brigado, aumentou a dificuldade de brincar, de me relacionar com outras crianças, enfim, de ser eu mesma.

Os problemas que enfrentei na cidade grande eram muitos. Iam além da dificuldade de comunicação e da escola. Meu pai bebia cada dia mais. Ele e minha mãe discutiam todas as noites. Na maioria das vezes as brigas terminavam quando ele começava a bater nela. Da minha cama ouvia tudo. Cobria a cabeça com a coberta, rezando para que um vizinho chamasse a policia. Isto nunca aconteceu. 

Na minha casa, nem de tios, avós ou de outros familiares havia alegria. Eu achava isto muito estranho porque nas poucas casas que eu tinha permissão de visitar aos sábados após terminar as tarefas de casa os risos eram contagiantes. Ao contrário da nossa família em que todos pareciam continuamente zangados.
A tia Ana continuava enviando para mim, livros, exercícios e jogos. Receber os mimos era minha única fonte de alegria.

Algumas pessoas cruzam nossa vida e saem sem deixar sinais de sua passagem, porém há pessoas que nos marcam para sempre. Ana foi a pessoa que me marcou intensamente fazendo a diferença na minha trajetória. Pena ter perdido o contato com ela quando o casal se separou. Gostaria que ela soubesse o quanto foi importante para mim e o quanto sou grata.

O segundo ano morando na cidade grande demorou a passar. Então meu pai decidiu que mudaríamos para outro bairro de Novo Hamburgo. Implorei a ele para voltarmos para o interior. Ele riu da minha sugestão.

Precisar mudar novamente me deixou assustada. E, se este novo lugar for pior? E se nesta escola eu não conseguir fugir dos colegas? Ai, meu Deus!